Adoro itens de viagem antigos. As malas de couro ou de papelão, as maletas e frasqueiras me atraem há muito tempo, bem antes de começar minhas visitas às feiras de velharias. Minha memória mais antiga é de uma mala de couro trabalhado que ficava em cima do guarda-roupa no quarto dos meus pais. Adorava os detalhes entalhado no couro e os arabescos feitos com tachas de metal. E com essa paixão na minha vida era certeza começar uma coleção que só vem aumentando: já recuperei duas malas (1 e 2), pintei uma maletinha (aqui) e agora apresento a "frasqueira". Hoje em dia as peças ganharam novas utilidades mas se um dia resolver fazer um cruzeiro no estilo vintage já tenho o necessário para levar a bagagem.
18.7.23
7.6.23
Móvel Flores
Um móvel bonito e cheio de flores que começou bem e depois se transformou no mais trabalhoso e problemático que já tive. Neste móvel ocorreu algo que nunca tinha enfrentado nestes tantos anos que pinto em madeira: o dissabor de usar um verniz adulterado. Já tive problemas com tinta velha ou misturadas, mas neste caso é fácil corrigir somente o local afetado, já o verniz é aplicado no fim da pintura e cobre a peça inteiramente por isso o aborrecimento é grande. Ocorre que comprei três frascos de verniz de uma marca que não conhecia, como recomendado fiz o teste antes de usar (primeiro frasco) e o resultado foi bom, sendo assim assumi que todos os frascos seriam bons, e continuei a aplicação usando dois frascos no total. Após 72 horas da aplicação percebi que algo estava errado, em algumas partes do móvel o verniz estava completamente seco e em outras continuava pegajoso, por isso acho que o segundo frasco estava adulterado ou vencido. Quando o aborrecimento passou tratei de procurar uma solução e a única encontrada era retirar o verniz e passar outro. A retirada do verniz foi muito trabalhosa pois era difícil o uso da lixa manual nos locais pegajosos me forçando a usar a lixadeira elétrica e lixas mais grossas. Quando enfim consegui eliminar as partes "colantes" me dei conta que o móvel estava muito arranhado, fundo e flores, e que teria que repintar tudo novamente. Foi um verdadeiro teste de paciência que espero nunca mais ter que repetir.
10.2.23
Maletinha estilo D&G
Adoro caixinhas e quando encontro uma com formato diferente é como descobrir um tesouro. Encontrei essa maletinha em uma loja de material para artesanato em Tavira, a loja é muito boa e tem boa variedade de peças. A caixa estava na estante mais difícil e com vários objetos na frente, até parecia que estava se escondendo. Mesmo escondidinha eu a encontrei e trouxe comigo. Sou apaixonada pela coleção da marca Dolce&Gabbana inspirada nas pinturas das charretes Sicilianas e foi nessa coleção que me inspirei para pintar a minha maletinha.
16.1.23
Manta e toalha de chita
Tenho paixão por chita! Gosto do exagero das cores e estampas que enchem os olhos. No Brasil a chita é um tecido rústico de baixa qualidade feito com fio de algodão e trama aberta, conhecido como morim, onde são impressas estampas florais em cores fortes. Mesmo sendo considerado um tecido de "pouco valor" pode se transformar em peças incríveis, basta arriscar. Minha primeira tentativa foi 2012 quando fiz uma toalha de piquenique para a filha(as 2 últimas fotos): cobri um atoalhado com chita, prendi as duas camadas com quilt e terminei com uma borda. A filha adorou o presente, que continua em uso até hoje!! Já a toalha de mesa surgiu durante o período de confinamento por conta da pandemia e fiquei mais de um mês fazendo o quilt. Nesse caso o processo foi colocar um forro fino e unir as camadas com um metalassê manual. O resultado foi um leve e lindo efeito acolchoado que me agradou muito. Para a manta de cama usei chita chinesa nos dois lados (mesma estampa, cores diferentes), recheei com manta de lã e fiz um quilt manual bem simples. Também gostei muito, pois além de alegre, ficou bem quentinha.